Independente da religião, todo mundo sabe que furtar ou roubar é um crime. O sétimo mandamento da lei de Deus – não furtarás – faz parte da Lei natural, ou seja, aquilo que Deus já colocou na consciência de todo homem e toda mulher, independente da sua fé ou sua crença.
Não furtarás – significado
Mas o que realmente quer dizer “não furtarás”? Para entendermos o sétimo mandamento da lei de Deus, podemos verificar a diferença entre as palavras “furto” e “roubo”. O significado da palavra furto é: “quando o indivíduo subtrai bem alheio sem a presença ou conhecimento do proprietário”. Por exemplo: qualifica-se como um furto a ação de um sujeito que encontra um automóvel estacionado na rua e o furta, levando-o embora.
Pequenos ou grandes objetos
Um outro exemplo de furto seria a ação de um indivíduo que adentra em alguma casa lotérica ou repartição pública e “subtrai” uma caneta. Mas afinal, qual é o pecado mais grave? Furtar uma caneta ou um automóvel? Aos olhos de Deus, os dois pecados têm exatamente o mesmo peso. O sétimo mandamento da lei de Deus é bem claro: não furtarás. Não determina qual o tipo ou valor do item, sendo bem claro e específico que o que importa é o fato, e não a quantidade ou valor subtraído.
“Não furtarás” ou “Não roubarás”?
Conforme descrito anteriormente, furtar é a ação na qual o indivíduo subtrai o bem alheio sem a presença ou conhecimento do proprietário. Mas, e quanto a roubar? Embora o sétimo mandamento da lei de Deus seja descrita como “não furtarás”, em alguns outros idiomas o mandamento foi traduzido do hebraico para “não roubarás”.
E aqui deve ser observado um dos vários casos presentes entre os dez mandamentos da lei de Deus: não interpretar tudo ao pé da letra. Dessa forma, iniciaremos com o significado da palavra “roubar” que é: “subtrair bem alheio utilizando da violência ou intimidação”.
Ou seja, podemos classificar um assalto ou um “arrastão” como um crime de roubo. Dessa forma, o mesmo sujeito que subtrai uma caneta e o mesmo sujeito que comete um assalto estão profanando o sétimo mandamento da lei de Deus, pois aos olhos Dele estão cometendo o mesmo tipo de sacrilégio.
Outros tipos de profanação ao sétimo mandamento da lei de Deus
Então, fora as interpretações primárias “não furtarás” e “não roubarás”, ainda existe alguma proibição imposta pelo sétimo mandamento da lei de Deus? A resposta é: sim.
Podemos começar com uma ação que infelizmente acontece com frequência: a transferência de um prejuízo eminente a um próximo. Um exemplo típico: um indivíduo possui um automóvel cujo valor de venda, segundo o mercado, é de R$ 28.000. Entretanto, esse automóvel possui um problema crônico em sua mecânica, o que demandaria uma futura retífica, que não sairia por menos de R$ 5.000.
Aproveitando-se da falta de conhecimento alheia
Sabendo disso, o indivíduo resolve anunciar o automóvel pelo preço de mercado, ou seja, como se o mesmo estivesse em ótimo estado. Aparece um comprador interessado no veículo, porém, o vendedor percebe que o mesmo é um leigo em se tratando de mecânica. Aproveitando-se da falta de conhecimento do comprador, o vendedor resolve omitir o problema do automóvel, convencendo o comprador de que o veículo está em perfeito estado.
Ao final, o vendedor consegue vender o automóvel pelos R$ 28.000, mesmo sabendo que em poucas semanas o motor irá fundir e deixar o novo proprietário com um enorme prejuízo financeiro. Mas se não houve nenhum tipo de subtração ao bem alheio, como uma ação dessas se enquadra no mandamento “não furtarás”?
“Não furtarás” – Muito mais do que a subtração do bem alheio
No exemplo listado acima, realmente não houve qualquer tipo de subtração do bem alheio de forma direta. Entretanto, estudando friamente o sétimo mandamento da lei de Deus, pode-se interpretar que uma pessoa que age de má fé, sabendo que sua ação irá resultar em perdas e prejuízos ao seu próximo, está sim cometendo uma profanação ao mandamento “não furtarás / não roubarás”.
Afinal de contas, quando a pessoa quer se livrar de um futuro prejuízo e encontra como solução a egoísta ideia de passá-lo a um incauto que confiou e acreditou em sua palavra, está agindo com plena ciência de que futuramente a pessoa terá uma subtração em seu patrimônio financeiro.
Corrupção
Outro exemplo de profanação ao sétimo mandamento da lei de Deus é talvez um dos mais populares problemas encontrados no Brasil e no mundo: a corrupção. A ação de desviar dinheiro dos impostos dos contribuintes para direcioná-los a outras atribuições que não as especificadas por lei, também é uma forma de furto aos olhos de Deus.
Incitação
A “malandragem” do povo, tão romantizada em músicas e telenovelas, ou a infeliz expressão “rouba mas faz” atribuída aos políticos, vão totalmente em desencontro com o que regem os dez mandamentos da lei de Deus.
Portanto, independentemente da interpretação linguística do sétimo mandamento da lei de Deus – “não furtarás” ou “não roubarás” – devemos sempre lembrar que, além de tudo isso que já foi explicado, o simples fato de “achar ou fazer graça” desses tipos de ações também não são vistos com bons olhos pelo Senhor.
Sétimo mandamento da lei de Deus – Não furtarás
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